Central de flagrantes começa a atuar com fechamento do segundo plantão policial em RP

Começa a operar nesta segunda-feira (18) em Ribeirão Preto (SP) a Central de Flagrantes, que faz parte do plano de reestruturação da Polícia Civil no Estado de São Paulo. Com isso, o 2º Plantão Policial que atua no bairro Campos Elíseos deixará de operar. A medida anunciada pelo governo do Estado desagradou os moradores da região que alegam que a ausência da polícia facilitará a ação de marginais.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as centrais foram criadas para agilizar o atendimento à população, centralizando as ocorrências que mais contribuíam para a lentidão no atendimento, e os flagrantes, que incluem captura de procurados da Justiça e crimes chamados de ato infracional, de menor potencial ofensivo.

Ribeirão Preto é a terceira cidade do interior do Estado a implantar a central, que vai funcionar 24 horas por dia. Fora da capital, apenas a cidade de Campinas e São José do Rio Preto haviam aderido ao sistema. A Central funcionará no prédio que abriga o 1º Plantão e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que fica na Rua Duque de Caxias, no Centro.

De acordo com o diretor do Deinter-3, delegado João Osinski Júnior, o serviço deve facilitar o atendimento à população. “Se você está perto da sua delegacia nada impede que você vá até o distrito e registre a ocorrência. Os distritos continuarão abertos normalmente durante o expediente. O que estamos propiciando é um serviço diferenciado à grande maioria da população que está no Centro ou que vem para o Centro”, diz.





Com a unificação dos plantões, Osinski Júnior diz que o Estado poderá exigir mais agilidade na resolução dos casos nas delegacias. “O que nós iremos cobrar é uma melhor atuação da polícia nos distritos, com uma melhor investigação e com uma melhor qualidade nos inquéritos policiais.”

Reclamações
A implantação do projeto de Reengenharia em Ribeirão foi anunciada no final de janeiro pelo secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. Na ocasião, Vieira disse que a segurança na cidade de Ribeirão Preto não será diminuída, pois quem exerce a ação de prevenção é a Polícia Militar, opinião defendida por Osinski.

Entretanto, a mudança não agradou os moradores dos Campos Elíseos, que questionam a mudança. Segundo Jair Grellet Filho, presidente da associação do bairro, o plantão presta é um órgão público que presta um serviço à comunidade. “Os moradores terão que se deslocar até outro bairro da cidade para registrar suas queixas. A movimentação das viaturas próximas ao plantão garante uma segurança, intimida o marginal. Sem o plantão aqui, os crimes vão aumentar”, diz.

Para o comerciante Eleandro Rodrigues, o ideal seria manter o plantão no bairro. “Os crimes já acontecem mesmo com a presença da polícia, imagine agora sem a delegacia”, afirma.

O fechamento do 2º Plantão também preocupa a comerciante Marlene de Faria. A loja dela já foi roubada várias vezes. “Aqui é um lugar que tem muitos roubos. Precisamos é que tenha mais polícia na região e não que ela seja retirada.”

Fonte: G1





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