A USP (Universidade de São Paulo) deve ganhar em breve uma base comunitária e outras ações da PM (Polícia Militar) dentro do campus. Já existe um convênio entre a universidade e a Secretaria de Segurança Pública. A informação foi passada nesta quarta-feira (23) pelo superintendente de segurança da Universidade Luiz de Castro Júnior, ex-coronel da PM. A contratação dele para o cargo é criticada pelo sindicato dos funcionários da USP que consideram que a universidade passa por uma militarização.
“Teríamos uma base comunitária móvel para o registro de ocorrências de baixo potencial ofensivo e com isto a vítima não precisa ir ao Distrito Policial”, diz.
O ex-coronel acrescenta que conversou com o Comando do Policiamento do Interior que sugeriu também policiamento com motocicletas e a cavalos por causa da grande extensão territorial que a universidade ocupa no bairro Monte Alegre. “A nossa intenção é trazer a Polícia Militar para o patrulhamento em áreas comuns e a guarda universitária se encarregaria das áreas restritas.”
O superintendente enfatiza que Ribeirão pode ter um policial encarregado de fazer contatos com os estudantes e os chefes de departamentos para verificar o que é necessário para melhorar a segurança do local. “O policial passa a ser conhecido do cidadão e o cidadão passa a ser conhecido pelo policial. Assim, a segurança contaria com a participação efetiva de todos.”
Ocorrências
O coordenador da prefeitura da USP, José Moacir Marin, afirma que o maior número de ocorrências criminais ocorre nas imediações da USP Ribeirão Preto. “São estudantes que são furtadas quando estão chegando ou saindo da universidade, no entorno. Passam de bicicleta ou de motocicleta e levam bolsa ou corrente”, afirma.
Marin salienta que os frequentadores da USP também precisam colaborar com a segurança. “Aqui não é um lugar isolado. Não dá mais para deixar bolsa no carro e ir almoçar no restaurante ou sair do banco contando dinheiro.”
Fonte: Jornal A Cidade