A tendência de migração das casas noturnas de avenidas para dentro dos bairros em Ribeirão Preto (313 km do estado de São Paulo) ocorre, segundo empresários do setor, em busca de um ambiente considerado mais tranquilo.
Os donos dos bares e boates citam, como benefícios da mudança, a maior facilidade para o cliente estacionar e menos fluxo de veículos.
“Se o estabelecimento estiver bem localizado e atender à necessidade do público, fará sucesso”, afirma Francisco de Assis Barbosa Júnior, proprietário da nova boate de luxo Sky Room.
Na última quarta-feira (30), os bombeiros de Ribeirão Preto reuniram a imprensa no local para discutir as normas de segurança das casas -a Sky Room foi escolhida por atender a todas as demandas que são exigidas pela legislação.
Barbosa Júnior diz que foge de avenidas movimentadas por causa do fluxo de veículos na cidade de Ribeirão Preto.”É bom ficar perto de avenidas para ter visibilidade, mas fora delas.”
Um estudo realizado pela Transerp mostra que, em horários de pico, a cada hora 3.000 veículos passam pela Independência e outros 2.200 pela avenida Presidente Vargas.
Assim como Barbosa Júnior, outros empresários buscam locais mais reservados. É o caso dos bares do Português, Dom Pedro, Rumba Bar e Choro da Villa.
LUGARES TRANQUILOS
Ana Cabral, uma das donas do Bar do Português, diz que não procurou imóveis em avenidas para que o bar não ficasse com perfil de balada.
Montou o negócio em uma rua tranquila do Jardim Sumaré de olho em um público mais adulto. “Aqui é tranquilo como nosso bar.
“Felipe Restine, um dos sócios do mais recente bar Choro da Villa, também no Jardim Sumaré, afirma que a intenção não é ser um bar da moda, mas um local para conversar e ouvir música.
“Temos apenas uma vizinha e, como não somos de fazer barulho, ela nos apoia.
“Para o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Ribeirão Preto, Carlos Frederico Marques, o setor de bares e boates é volátil. “Agora, o ‘point’ está nestes bairros, mas daqui a pouco aparece uma nova área atrativa.
“Os dados divulgados pelo sindicato mostram que em 2011 foram abertos 27 bares e restaurantes na cidade, ante 32 em 2010. Os números de 2012 ainda não foram divulgados.
Fonte: Bol.com.br