A Secretaria de Estado da Saúde deve inaugurar na cidade de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) até o fim deste ano uma clínica só para atender crianças e adolescentes viciados em drogas e álcool.
A Folha apurou que a unidade, gerida pelo Estado de São Paulo, deve funcionar em um prédio adaptado na área do hospital psiquiátrico Santa Tereza.
A clínica deve atender dependentes que estão em fase aguda da doença, por um período máximo de 60 dias.
É um serviço mais complexo, portanto, do que um leito hospitalar, onde o adolescente em crise de abstinência fica por algumas semanas.
Também difere-se das chamadas comunidades terapêuticas, que não usam medicamento e que muitas vezes usam fundo religioso ou princípios como o dos alcoólicos anônimos para o tratamento.
Além de uma clínica estadual, a prefeitura também está se articulando para criar sua própria estrutura.
SEM PRAZO
O município está à procura de um imóvel alugado que abrigará esse “mini-hospital” e deve contratar equipe de saúde extra, com psiquiatras e psicólogos, entre outros.
Ao contrário da clínica do Estado, não há prazo, porém, para que o serviço municipal funcione, segundo o coordenador de saúde mental no município, Alexandre Firmo de Souza Cruz.
A falta de uma clínica própria para tratar menores de idade dependentes químicos fez com que o Ministério Público Estadual se envolvesse com a questão.
Sem vagas na cidade, o adolescente viciado que precisa hoje ser internado é levado para clínicas de Descalvado e Limeira.
A Promotoria cobra de prefeituras da região e do Estado uma solução para o problema.
Segundo o promotor Naul Felca, o formato do atendimento está em debate com o Estado e a prefeitura.
Fonte: Folha de São Paulo