Cinco empresas de guia de Ribeirão Preto que vendiam açúcar para Minas Gerais são suspeitas de dar prejuízos de R$ 50 milhões aos cofres públicos. Nesta terça-feira (9), uma Força-tarefa formada pelo Ministério Público (MP), Polícias Civil e Militar e Secretaria Estadual da Fazenda realizou a operação Laranja Lima e prendeu quatro pessoas em Ribeirão Preto. A operação ocorreu simultaneamente em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
De acordo com a Polícia Civil, o bando usava documentos falsos para abrir empresas que ensacam e vendem açúcar para o Estado de Minas Gerais. Durante a transação financeira, as empresas não pagavam ICMS (Imposto de Circulação Sobre Mercadorias).
“Como os dados eram falsos, a Fazenda não conseguia recuperar o imposto sonegado. Quando a empresa era acionada, ela fechava e os responsáveis desapareciam”, disse o delegado Gustavo André Alves, da Seccional de Ribeirão. De acordo com ele, o grupo Qualityçucar é suspeito de praticar a fraude milionária. Eles usavam os nomes fantasias Chalu, Flora, Itaipu, Bella Açúcar e Silveira.
O suspeito de liderar o bando, Lino Marcos Lima está foragido. Ele já foi preso em maio do ano passado no Espírito Santo acusado dos mesmos crimes. O nome da operação foi criado em homenagem a ele. “Escolhemos o nome laranja lima para operação porque o líder usava laranjas para montar as empresas e lima é o sobrenome dele”, disse o delegado. O gerente das empresas, Eduardo Souza, é apontado pela Polícia Civil como um dos laranjas da quadrilha. Ele está foragido.
Nesta terça, em Ribeirão Preto, foram presos Ciro da Cruz Costa Júnior, Pedro Jair Inocente, Carlos Roberto da Silva e Marcelo Martins dos Anjos. Eles serão indiciados por formação de quadrilha, sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Foram vistoriados os cinco prédios da empresa e escritórios com quem os suspeitos mantinham negócios em Jardinópolis, Cravinhos e Sertãozinho.
Fonte: A Cidade