Pesquisa da USP Ribeirão enriquece leite para dar mais resistência a idosos

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP) estão testando em idosos um leite enriquecido com o dobro de selênio e vitamina E. Entre seus benefícios, o alimento chamado de ‘leite funcional’ pode aumentar a resistência das pessoas e prevenir contra doenças inflamatórias e infecções. A pesquisa é realizada em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

O coordenador do projeto, Hélio Vannucchi, explicou que o selênio e a vitamina E são antioxidantes que desaceleram o envelhecimento das células. “Se comprovada a nossa tese, essa combinação pode dar mais resistência e aumentar a resposta imunitária do organismo do idoso”, disse. Segundo ele, os idosos foram escolhidos para essa etapa da pesquisa após uma bem sucedida etapa de testes com crianças.

“Se você aumentar a resistência do idoso, consequentemente o organismo vai estar mais preparado para enfrentar uma infecção ou inflamação, por exemplo”, comentou. Os 130 idosos de um asilo de Ribeirão Preto passaram 12 semanas tomando três vezes ao dia o leite enriquecido. Os testes foram realizados pela pesquisadora do Departamento de Clínica Médica Karina Pfrimer





Segundo a pesquisadora, o resultado dos testes feitos nos idosos deve sair nos próximos meses. “Durante essas 12 semanas, foram coletadas uma série de informações dos pacientes, como peso, amostra do sangue. Agora que o teste acabou nós vamos comparar como eram antes do leite e como são agora depois dele”, disse Karina.

Desenvolvimento
No programa de pesquisa do leite funcional são realizados estudos de zootecnia, nutrição e saúde humana com o objetivo de modificar a composição do leite por meio da alimentação da vaca para que o alimento favoreça a saúde e o crescimento dos seres humanos. Num primeiro momento, os animais receberam o selênio, a vitamina E e óleo de girassol em sua alimentação.

“O óleo de girassol é muito bom e saudável, pois apresenta alto teor de ácidos graxos poliinsaturados, o que pode ser útil na redução dos níveis de colesterol no sangue”, disse Vanucchi. Segundo os pesquisadores, além de melhorar a qualidade do leite, a alimentação enriquecida ajuda também na saúde e nutrição das vacas, com a diminuição da ocorrência da mastite subclínica e o aumento de 30% da produção de leite.

Fonte: G1





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