Ribeirão Preto tem o trigésimo maior PIB do país e o décimo primeiro do estado, diz IBGE

Ribeirão Preto (SP) tem o 30º maior valor de Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na manhã da última quarta-feira (12). O estudo levou em consideração a economia do município em 2010.

Segundo o IBGE, o PIB da cidade foi calculado em R$ 17 bilhões. Em comparação com 2009, quando o valor era de R$ 14,6 bilhões, o crescimento foi de 15%. O professor de economia da FEA/USP Luciano Nakabashi explica, porém, que os dados não representam aumento real da economia.

“Estamos analisando preços correntes, ou seja, sem descontar a inflação. É fato que o PIB cresceu, mas a inflação do período também foi elevada”, disse. No ranking estadual, Ribeirão manteve a 11ª posição.

Para a economista Rosalinda Chedian Pimentel, o setor de comércio e serviços pode ser considerado o principal responsável por esse resultado. Rosalinda explica que Ribeirão possui muitas lojas, universidades, bancos e empresas que atraem não só consumidores, mas trabalhadores em busca de oportunidades de emprego.





“Apesar da representatividade da cana-de-açúcar nas outras cidades da região, Ribeirão é basicamente urbana e não agrícola. Nós somos um centro de compras e exportador de pesquisas científicas. Por isso, o setor de serviços é fundamental na formação do PIB da cidade”, disse a economista.

Administração
Ainda segundo o IBGE, a participação da administração, saúde e educação públicas e do setor de seguridade social no PIB de Ribeirão foi de R$ 1,4 bilhão. Isso significa que, em 2010, o peso do Valor Adicionado Bruto (VAB) da administração municipal foi de 8,29%.

A economista explica que esse valor representa os gastos da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto com salários, fornecedores, pagamento de aluguéis e juros de empréstimos. “Em outras palavras, a máquina administrativa também tem um papel importante. Se de um lado existem os pagamentos que saem dos cofres públicos, de outro estão aqueles que recebem e aplicam na economia da própria cidade”, detalhou Rosalinda.

Dos 5.565 municípios brasileiros, 1.980 (35,6%) tinham mais do que 1/3 da sua economia dependente da administração, saúde e educação públicas e seguridade social. No ranking nacional, Ribeirão está em 36º lugar.

Fonte: G1





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