A universitária Ana Cláudia Karen Lauer, 20 anos, agredida por colegas na última sexta-feira, não pretende voltar às aulas na Centro Universitário Barão de Mauá, na cidade Ribeirão Preto, a 319 km da capital paulista. Ela prestou depoimento na Delegacia da Mulher nesta quarta-feira e disse que não superou as agressões.
Ana Cláudia, estudante de enfermagem, passa por exames médicos para comprovar a gravidade dos ferimentos no rosto, que teria sido atingido por um capacete.
A delegada Lúcia Bocardo afirmou que as três possíveis agressoras já foram identificadas e também vão ser ouvidas. A Delegacia da Mulher vai apurar ainda se houve omissão de socorro dos seguranças da faculdade. A universidade também abriu uma sindicância para apurar os fatos.
Ana Claudia foi espancada por três alunas na tarde de sexta-feira, em frente do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto, e sofreu fratura no nariz.
Segundo a estudante, a agressão teria acontecido porque reclamou à coordenação do Centro Universitário que estava sofrendo bullying e sendo hostilizada pelos colegas. Ana Cláudia pediu transferência para a faculdade há três meses e cursa disciplinas em diferentes salas.
A universitária relatou ter denunciado que era perseguida por colegas na quinta-feira. Segundo ela, ao chegar à sexta-feira na sala de aula, foi encarada pelos alunos. No final da aula, duas colegas começaram a discutir com ela e uma terceira a agrediu com um capacete de motociclista. Ela disse ainda que ninguém da faculdade interferiu na briga e que foi socorrida por uma aluna que ela não conhecia.
A mãe da estudante, Cláudia Aparecida Rodrigues Lauer, disse que a filha resolveu comunicar o fato à diretoria porque a pressão estaria se tornando insuportável. Os colegas chegavam a formar “parede” para impedir que a jovem passasse nos corredores.
Fonte: EPTV